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quilombaque

    A Comunidade Cultural Quilombaque é uma organização sem fins lucrativos que surgiu em 2005, a partir da iniciativa de um grupo de jovens, moradores de Perus, bairro periférico situado na zona noroeste de São Paulo e que concentra os piores índices socioeconômicos e culturais, onde as maiores vítimas são os jovens. O envolvimento com a arte - forte característica presente no grupo - se revelou uma alternativa de enfrentamento à situação, proposta na qual rapidamente centenas de outros jovens aderiram, agregando múltiplas formas de expressões artísticas e manifestações culturais caracterizando e legitimando a missão da organização.

   O espaço cultural Quilombaque foi escolhido após diversas pesquisas feitas no bairro, em que pudemos perceber o quanto esse espaço é de suma importância para Perus, um dos proprietários do local, Cleiton, nos descreve perfeitamente sua visão a respeito deste assunto, ele diz que “ nós trabalhamos a questão da arte e da cultura como uma disputa de imaginário, trabalhamos a arte, por que todo mundo é artista, todo mundo sabe fazer alguma coisa, nós procuramos incentivar as pessoas a experimentar isso, tentamos transformar o imaginário das pessoas, se gostar, gostou, se não, tudo bem também, pelo menos teve a escolha” Ou seja, ele nos trás a visão daquele que mora na periferia e que quer ser visto, quer ser ouvido, quer ser respeitado, esses são os principais fatores para o projeto ser o que é hoje, nos mostrando a arte, a cultura, e o conhecimento e suas múltiplas possibilidades, desde ampliar e amplificar universos imaginários e repertórios de linguagens a gerar trabalhos, renda e perspectivas para a juventude e para o desenvolvimento social e econômico local.

 

   Cleiton diz também que o seu principal público alvo é o jovem da periferia, “a gente tenta trazer os jovens, a comunidade do bairro para poder terem essa relação com a cultura, esses espaços que a gente ocupa são espaços dinâmicos e dinamizadores que a todo momento tá produzindo isso para as pessoas se habituarem com a ação cultural no bairro, então tem na biblioteca, tem na Canhoba (região com praças, e espaços artísticos de Perus), tem aqui, tem nas praças, então a todo momento tem essa relação, tem também nos murais de grafite, a gente esta tentando fazer os murais em céu aberto para as pessoas se habituarem com isso, também tem a relação com a violência, mas a gente diminui com a questão cultural, por que onde não há conhecimento a violência impera” isso nos faz entender o quanto eles preservam para que este jovem se mantenha no âmbito artístico que eles oferecem, dando uma nova oportunidade de conhecimento cultural, entender as suas raízes, e podemos dizer também que é uma válvula de escape ao adolescente e aos problemas que ele pode acabar enfrentando.

   Eles também possuem a agência queixada de desenvolvimento eco cultural e turismo, em que articulam e desenvolvem condições e estruturas de base como uma rede de hospedagem compartilhada com capacidade inicial para 50 hóspedes, a gestão das Trilhas de Aprendizagem e outros pacotes e atividades turísticas e culturais. As trilhas de aprendizagem são feitas por trilheducadores locais, e elas são : Trilha de reapropriação e ressignificação de espaços públicos; Trilha da memória queixada - ferrovia Perus Pirapora; Trilha ditadura nunca mais; Trilha O Jaraguá é Guarani (aldeia e pico do Jaraguá); Trilha agroecológica Campo Cidade em parceria com o assentamento irmã Alberta. E com isso acabam impulsionando outras áreas no campo da economia edificante e não degradante demandando investimento em capacitação profissional e investimentos e negócios sociais solidários.

   Para acompanhar sua agenda de eventos é possível acessar sua página pelo Facebook, em Comunidade Cultural Quilombaque.

    The Quilombaque Cultural Community is a non-profit organization that emerged in 2005, based on the initiative of a group of young people, residents of Perus, a peripheral neighborhood located in the northwest of São Paulo that concentrates the worst socioeconomic and cultural indexes, where biggest victims are young people. Involvement with art - a strong feature of the group - proved to be an alternative to cope with the situation, a proposal in which hundreds of other young people quickly joined, adding multiple forms of artistic expressions and cultural manifestations characterizing and legitimizing the organization's mission.

 

    The quilombaque cultural space was chosen after several researches done in the neighborhood, in which we realized how much this space is of paramount importance to Perus, one of the owners of the place, Cleiton, perfectly describes his view on this subject, he says that “ we work on the issue of art and culture as an imaginary dispute, we work on art, because everyone is an artist, everyone knows how to do something, we try to encourage people to try it, we try to transform people's imaginary, if like it, liked it, if not, that's fine too, at least had the choice. ”That is, it brings us the vision of the one who lives in the periphery and wants to be seen, to be heard, to be respected, these are the main factors for the project being what it is today, showing us art, culture, and knowledge and their multiple possibilities, from widening and amplifying imaginary universes and language repertoires to generate jobs, income and prospects for youth and local social and economic development.

 

   Cleiton also says that its main target audience is young people from the outskirts, “we try to bring young people, the neighborhood community in order to have this relationship with culture, these spaces that we occupy are dynamic and energizing spaces that at all times. moment is producing this for people to get used to the cultural action in the neighborhood, so there is in the library, there is in Canhoba (region with squares, and artistic spaces of Perus), there is here, there are in the squares, so at all times there is this relationship There are also graffiti murals, we are trying to make the murals in the open for people to get used to it, also has the relationship with violence, but we decrease with the cultural issue, because where there is no knowledge violence reigns ”this makes us understand how much they preserve so that this young person will stay in the artistic realm they offer, giving a new opportunity for cultural knowledge, understanding their roots, and We can also say that it is an escape valve for the teenager and the problems he may end up facing.

 

    They also have the complaining agency for eco-cultural development and tourism, where they articulate and develop basic conditions and structures such as a shared hosting network with initial capacity for 50 guests, the management of Learning Trails and other tourist and cultural packages, tourist and cultural activities. The learning trails are made by local tredslucers
and they are: Trail of reappropriation and resignification of public spaces; trail of memória queixada - Perus Pirapora Railroad; trail ditadura nunca mais; trail the jaraguá is guarani (Jaraguá village and peak); Campo Cidade agro-ecological trail in partnership with sister settlement Alberta. And with that end up driving other areas in the field of edifying and non-degrading economy, demanding investment in professional training and investments and social business solidarity.

Escrito Por Amanda Cabral, traduzido por Gianluca Caponi

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